Glitter Text Make your own Glitter Graphics

sábado, 25 de abril de 2009



LUDICIDADE E EXPRESSÃO CORPORAL ATRAVÉS DA PSICOMOTRICIDADE

O presente trabalho tem por finalidade evidenciar a psicomotricidade e a ludicidade como forma de aprendizagem para alunos de educação infantil uma vez que a criança precisa de estímulos exteriores para ir aos poucos construindo seu conhecimento.
Segundo A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade, o conceito para tal ciência é: “Ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto”.
Partindo da premissa que o corpo e a aprendizagem caminham juntos e que o desenvolvimento da criança começa com o desenvolvimento do seu próprio corpo, vale salientar que todo desenvolvimento acontece a partir de movimentos que envolvem a comunicação corporal, uma vez que esta está enraizada de valores e componentes emocionais, sendo assim a expressão do imaginário consciente e inconsciente estimula o desenvolvimento intelectual da criança. O olhar, o tônus muscular fala de sentimentos, medos, desejos e conflitos.
No sentido mais amplo da palavra a psicomotricidade nada mais é do que romper as barreiras da dialética cartesiana corpo x mente, sendo assim poderíamos inferir a idéia de que os movimentos têm uma atuação sobre o intelecto estabelecendo relação entre pensamento e ação, bem como englobando funções neurofisiológicas e psíquicas.
Segundo Aniê Coutinho de Oliveira o não aprender esta ligado a aspectos cognitivos, emocionais e motores, portanto, a escola deve fundamentar a construção da aprendizagem levando em conta esses aspectos para então conseguir desenvolver o seu papel levando em conta a construção do SER.
A psicomotricidade funcional e a relacional. A primeira tem como concepção um trabalho prioritariamente diretivo. A partir de testes de perfil de padrão motor e de inteligência são elaboradas famílias de exercícios que suprem as faltas apontadas por eles. Já a psicomotricidade relacional utiliza o corpo como uma das vias principais da aprendizagem, considerando o lúdico como potencialidor da aprendizagem.
De acordo com as considerações da autora podemos perceber que a psicomotricidade funcional contribui para melhorar as aprendizagens cognitivas e de comportamento uma vez que as crianças vão seguir os modelos de comando propostos pelo professor, o professor deve programar suas atividades direcionadas a cada grupo de crianças utilizando de métodos diretivos, dessa forma raramente acorrem contatos corporais entre professor e alunos e entre os próprios alunos.
Analisando a psicomotricidade relacional podemos perceber que o professor e aluno estabelecem uma relação de ajuda, de escuta, de meditação, de interação e de provocação a novos desafios, aqui o contato corporal acontece com freqüência entre professor e aluno e entre os próprios alunos, pois as ações de brincar se fazem presente nesse processo de ensino aprendizagem.
Tanto a psicomotricidade funcional e a relacional contribui para o desenvolvimento da criança uma vez que as duas trabalham a criança em aspectos que estão relacionados ao desenvolvimento do SER, pois as mesmas englobam aprendizagem cognitiva, comportamento, afetividade, interação... Requisitos básicos para o desenvolvimento integral da criança numa relação entre pensamento e ação, envolvendo funções neurofisiológicas e psíquicas.
Dessa forma faz-se necessário trabalhar motricidade e psiquismo de forma conjunta educando a capacidade sensitiva a partir de sensações do próprio corpo diante das relações interpessoais que são pontos importantes para o desenvolvimento das capacidades da criança, pois o desenvolvimento humano se dá a partir de fatores externo e internos e das relações entre homem e o contexto que o rodeia.
O trabalho de psicomotricidade como requisito fundamental o processo de desenvolvimento psicomotor, afetivo, cognitivo, e social do ser humano, uma vez que proporciona à criança a expandir sua afetividade e equilibrar-se através das relações estabelecidas entre distintos grupos, bem como o intercambio com o ambiente humano.
As brincadeiras direcionadas pelo professor no início do processo ensino aprendizagem é de suma importância para o desenvolvimento das potencialidades da criança, haja vista que o lúdico é considerado um elemento potencializador para romper as barreiras das questões emocionais e comportamentais.
O corpo é o ponto de referência que o ser humano possui para conhecer e interagir com o mundo e, assim, também é a base para o desenvolvimento cognitivo e para a aprendizagem de conceitos importantes de espaço (embaixo, em cima, do lado, atrás, direita, esquerda etc.), assim como para a construção dos diferentes fatores psicomotores (a tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, a noção corporal estruturação do espaço-temopral, a praxias fina e global).
De acordo com as considerações da autora faz-se necessário observar os movimentos corporais da criança bem como procurar ajuda-la a desenvolver, os mesmos, no período inicial do processo ensino aprendizagem, partindo de estímulos através das brincadeiras e do contato com o seu próprio grupo. Devemos ter claro que o desenvolvimento da criança acontece de forma integralizada entre corpo e mente, o corpo e a aprendizagem caminham juntos. E os estímulos exteriores vão contribuir para o processo de aquisição de conhecimentos.
Uma das formas mais adequadas para estimular a criança a desenvolver os seus movimentos corporais é através das brincadeiras em grupo. O ato de brincar ajuda a criança a romper as barreiras da afetividade interagindo com pessoas de outro grupo a criança vai descobrindo a partir do seu corpo a noção do ambiente que ela está inserida bem como constrói conhecimento em relação ao espaço-temporal.
A partir da tomada de consciência do seu próprio corpo a criança consegue interagir e toma consciência de sua situação em relação a construção do ser e dessa forma vai conseguir interagir com o mundo que a circunda, o desenvolvimento cognitivo da criança vai acontecer de forma saudável sem rupturas de comportamento ou emocional.
O papel do adulto na relação educativa é duplo “é a ele que cabe criar um meio ambiente: espaço de ação, mundo dos objetos... que favoreçam as atividades e experiências das crianças. Ele deve fazer de sorte que esse meio ambiente corresponda aos motivos atuais da criança e que possa evoluir com os interesses da criança”.
De acordo com as considerações da autora podemos observar a importância de ser ter um ambiente acolhedor para receber a criança, com pessoas compromissadas e conhecedoras das necessidades básicas infantis todo local para acolher a criança deve estar adaptado às necessidades das mesmas é importante destacar que as atividades a serem desenvolvidas têm que estar em consonância com o nível de desenvolvimento de cada criança, uma vez que a função do adulto não só de mera transmissão de conhecimento, ele deve propor atividades educativa que favoreça o desenvolvimento das mesmas.
É importante ressaltar que o educador não deve apenas transmitir saber e condutas, ele deve proporcionar diversidades de situações de aprendizagem para desenvolver autonomia da criança, sendo assim ela por si mesma vai descobrir caminhos distintos para chegar à construção de outras aprendizagens, desse modo podemos afirmar que o conhecimento deve ser construído a partir de condições e de diversas situações de aprendizagem.
O brincar é um meio afetivo para estimular o desenvolvimento da linguagem e a inovação no uso da linguagem, especialmente em relação ao esclarecimento de novas palavras e conceitos, ao uso da pratica motivadores da linguagem, ao desenvolvimento de uma consciência metalingüística e ao encorajamento do pensamento verbal.
Segundo a concepção acima, percebemos que as situações de discursividades em momentos lúdicos com a criança são fundamentais para fornecer informações sobre o pensamento e a aprendizagem infantil, não esquecendo que, quando falamos em linguagem não podemos ter em mente apenas a linguagem verbal, pois não é só ela, a linguagem verbal, que oferece informações sobre o desenvolvimento psicomotor da criança.
A linguagem não verbal também traz informações sobre o desenvolvimento infantil, pois a mesma em sua dimensão, em todas as suas formas e contextos fornece vinculo de aprendizagem.
Segundo Vanessa Loureiro, a linguagem muda conforme a faixa etária, a linguagem de uma criança é diferente de uma outra criança, e consequentemente diferente da linguagem de um adulto, e que homens e mulheres tem formas diferentes de se expressar, desse modo podemos analisar que cada tribo tem suas formas de comunicação e a linguagem de cada grupo é um meio de estabelecer comunicação entre eles.
A língua e coletiva, mas a linguagem é individual, cada pessoa tem seu jeito próprio de se expressar devido a própria cultura familiar, sendo assim a valorização de todos os tipos de linguagem deve uma constante no período em que a criança chega à escola. No decorrer da vida acadêmica a criança vai tomando conhecimento da linguagem formal, ampliando seu vocabulário e se apoderando da norma culta.
Se a linguagem deve ser adequada a cada situação de discursividade, o professor de ensino infantil deve adequar a sua linguagem ao seu publico alvo, uma vez que a criança ao chegar à escola ainda não tem domínio da linguagem formal e essa linguagem deve ser passada aos alunos paulatinamente sem desvalorizar as variações lingüísticas, que eles já trazem ao chegar à escola.
É importante evidenciar o papel da linguagem x ludicidade na evolução e desenvolvimento da criança, pois a mesma é altamente propicia para evocar e criar situações. A linguagem e a brincadeira se desenvolvem de forma conjunta e influencia a criança a interagir com o seu ambiente. A situação da brincadeira abre espaço para a linguagem fluir, como que solicitando todos os espaços significativos e recursos representativos. Por outro lado a linguagem reforça o simbolismo das brincadeiras.
Unindo brincadeira e linguagem a criança aprende a dominar seu próprio comportamento e estabelece relações entre afetividade dentro do seu grupo.
Podemos concluir que o desenvolvimento da criança está ligado a aspectos motores e psíquicos e que esses aspectos devem ser trabalhados de forma lúdica, pois a criança constrói esquemas representativos para construir sua própria aprendizagem, desenvolvem sua criatividade, sendo tolhida a afetividade e a imaginação, dessa forma o lúdico e linguagem são eminentemente importantes para o desenvolvimento das potencialidades no decorrer do processo ensino aprendizagem, pois a criatividade e a liberdade de expressão tanto verbal como não verbal são fatores fundamentais na construção do saber e no desenvolvimento integral do ser humano
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário